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Estreou-se na 1.ª Liga ao comando da U. Leiria que não conseguiu salvar da descida. Ainda assim guarda orgulho pelos vários jovens que lançou.

RECORD – Sente que recebeu um presente envenenado, quando assumiu a equipa principal da U. Leiria?

JOSÉ DOMINGUEZ – Não penso que isso seja verdade, porque conhecia a realidade e sabia que havia grandes problemas financeiros na SAD. Eu fazia parte da estrutura da U. Leiria e quando me foi pedida ajuda, não a poderia negar. Até porque para mim era um desafio. Fiquei contente pelos jovens que consegui lançar, mas também com os jogadores que encontrei. A equipa conseguiu assimilar algumas das minhas ideias, mas foi pena todo aquele contexto em que a equipa se encontrava e que complicou muito a nossa tarefa. Mas estas situações tornam-nos mais fortes e, ainda assim, conseguimos apresentar bom futebol. Estes dois meses foram uma valorização e aprendizagem, apesar de tudo nos ter acontecido.

R – Chegaram a acreditar na permanência, quando venceram o Rio Ave (1-0), na sua estreia?

JD – Chegámos e trabalhámos para isso. Sabia que iríamos passar por uma fase de adaptação, sem que houvesse tempo para a efetuar, mas depois tivemos tudo contra nós. Fomos bastante prejudicados com o Gil Vicente (0-0), pois jogámos mais de uma hora em inferioridade numérica e esse era um jogo muito importante para as nossas contas. Esse foi o momento que abalou o grupo e tudo o que antecedeu a deslocação a Guimarães.